by the ocean
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by the ocean
Não sei explicar o porquê de sentir esta enorme necessidade de te ter perto de mim. De poder tocar nos teus cabelos, de ver o brilho dos teus olhos quando estás feliz, de admirar o teu sorriso. Aquele sorriso que esboçavas apenas para mim.
O amor não tem sentido. O amor é cego. O amor arde, embora não se veja. O amor é um sentimento completamente ignorante, doloroso, alegre.
Talvez por ter estas definições todas, eu o sinta como ninguém alguma vez irá sentir. Porque, se não for essa a explicação de eu sentir as minhas pernas tremer ao ouvir o teu nome, nem que seja apenas num murmúrio, de eu apenas te querer a ti, de pensar em ti constantemente, qual será então?
Continuas a caminhar neste mundo. Não, não te perdi por completo, mas perdi uma parte de ti.
As esperanças estavam perdidas. Aliás, estão. Nada voltará a ser o mesmo, tu não irás voltar a abraçar-me carinhosamente como fazias, não irás sorrir para mim de trejeito, não irás correr atrás de mim á beira-mar enquanto eu, criança ingénua e apaixonada, fujo de ti com a intenção de ser caçada.
Porque tu, quebra-corações, fazes parte de mim. Caçaste-me como um leão caça a sua presa, sem nunca mais a deixar fugir. Não existe escapatória, e mesmo se existisse, não sei se seria capaz de a usar.
Gosto de sofrer. Gosto de te amar da forma que amo, apesar de nada ser recíproco.
Estou cansada. Chega de passar para o papel a mágoa, está na hora de deixar entrar alegria. Alegria fictícia, sim, mas algo que não me lembre de ti.
*
Pousei o pequeno caderno de capa dourada na cama e admirei o mar calmo pela janela do meu gigantesco quarto.
O som das ondas fazia-se ouvir, na casa onde não se encontrava ninguém a não ser eu. A não ser o meu coração solitário, que por ti ainda chama.
Caminhei a passos cansados, derrotados, até á porta da entrada e saí. Uma lufada de ar quente, sufocante, passou por mim apanhando-me desprevenida.
Desci a pequena escadaria de madeira da entrada da casa azul esverdeada, já detriorada devido aos inúmeros anos de "vida" que a mesma já tinha e descalcei as sandálias pretas que trazia. Coloquei um pé na areia e inspirei o cheiro a sal que o vento trazia consigo.
Continuei a caminhar até chegar perto do mar, sentando-me em frente ao mesmo, encarando-o.
Podia sentir a calma que as águas translúcidas emanavam, e invejei-as. Invejei a calma que continham, que transmitiam. Invejei a sorte que tinham em não ter sofrido de amor.
Fechei os olhos, esperando e desejando que chegasses e me abraçasses. Mais uma vez, tornei-me na criança ingénua que sempre fora.
Uma mão fria foi colocada em cima do meu ombro descoberto, e repentinamente encarei a pessoa que se encontrava atrás de mim, tomada pelo susto.
Sorri. Pela primeira vez, sorri verdadeiramente. Sorri com significado, sorri como sorria sempre que estava junto a ti.
Nada foi dito, não existiram lágrimas. Nenhum dedo foi apontado, a culpa não foi atribuida. Naquele momento, nada disso importava.
Tomaste-me em teus braços e apertaste-me como há muito não fazias. Voltei, uma vez mais, a sorrir e juntei a minha mão á tua.
- Voltaste.
caroline;- Mensagens : 27
Data de inscrição : 27/06/2010
UAU
AMEI!!!! Parabéns está muito bem escrito e transmitiste.me calma, como as ondas do mar
Davidzilla- Mensagens : 30
Data de inscrição : 23/06/2010
Idade : 29
Localização : Lisboa
Re: by the ocean
Carolina, eu ADOREI!!!
Mas posso esperar pela tua fic
Mas posso esperar pela tua fic
Chtc- Mensagens : 60
Data de inscrição : 24/06/2010
Idade : 28
Localização : Algures pelo centro do país
Re: by the ocean
Lindoo .
Que sensações que o texto transmite . Uauu
<3
Que sensações que o texto transmite . Uauu
<3
SusanaFalcao- Mensagens : 66
Data de inscrição : 26/06/2010
Localização : Nortee ;b
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